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Curso: Gestão de Pessoas
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Curriculum

Gestão de Pessoas

APLICANDO PESSOAS E MÉTODOS DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS

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DESENVOLVIMENTO E REMUNERAÇÃO DE PESSOAS

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MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA

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Texto da aula

Contextualizando a Gestão de Pessoas

No contexto das organizações, o departamento de “gestão de pessoas” ainda é frequentemente confundido com o departamento de recursos humanos, que faz parte da administração de recursos humanos. A partir da década de 1990, esse departamento passou a ser reconhecido como gestão de pessoas ou gestão de talentos, ganhando destaque entre os executivos, uma vez que oferece vantagens competitivas para as organizações. Por essa razão, a área de gestão de pessoas tornou-se indispensável para as organizações em um ambiente de crescente competitividade decorrente da globalização.

A gestão de pessoas, assim como uma boa administração dos recursos humanos, desempenha um papel fundamental no sucesso ou fracasso dos negócios. Não adianta ter recursos financeiros suficientes para investir no desenvolvimento de novos produtos e serviços se não houver investimento adequado nos talentos que podem contribuir para alcançar os objetivos da organização. Em outras palavras, as pessoas dependem das organizações para alcançar seus objetivos pessoais e profissionais, enquanto as organizações dependem diretamente e de forma irremediável delas para operar, produzir bens e serviços, atender clientes, competir nos mercados e alcançar os objetivos globais e estratégicos. Essa relação é bidirecional, gerando interdependência e estabelecendo um relacionamento recíproco e duradouro.

Conforme destaca Knapik (2012), a empresa e o indivíduo precisam estabelecer uma relação de “ganha-ganha”, uma parceria que traga benefícios e crescimento tanto para a empresa, aumentando seus lucros e oportunidades de negócio, quanto para o indivíduo, satisfazendo suas necessidades, como desenvolvimento profissional, aumento do poder aquisitivo e oportunidades para enfrentar desafios. Essa abordagem enfatiza a importância de estabelecer um equilíbrio entre os interesses organizacionais e os interesses individuais, criando uma relação mutuamente benéfica e promovendo o crescimento de ambos os lados.

Segundo Knapik (2012) ressalta a importância do departamento de gestão de pessoas o conhecimento sobre a estrutura das organizações, seu ambiente de trabalho, suas crenças, valores, missão e visão, o clima de trabalho, e a cultura organizacional. Ou seja, conhecer todos os processos organizacionais que envolvem pessoas é fundamental para o departamento de gestão de pessoas, pois trata-se de um vasto ambiente de stakeholders (clientes, colaboradores, gestores, concorrentes, fornecedores, proprietários, acionistas, mídia, estado, sindicatos) que fazem parte de uma rede de relacionamentos interessados nas práticas empresariais (Fig. 1).

 

Figura 1. A formação do ambiente organizacional sob a influência de alguns de seus stakeholders.

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Fonte: Adaptado de Knapik 2012, p. 20.

 

Além disso, uma gestão de pessoas eficiente consegue fazer com que os clientes fiquem mais satisfeitos com o atendimento que recebem, uma vez que os colaboradores da empresa estarão mais engajados e comprometidos com os valores da organização em que vivem. Para Chiavenato (2014) “nelas [organizações] as pessoas nascem, convivem, aprendem, servem-nas, trabalham e passam a maior período de suas vidas, contribuindo para o desenvolvimento e crescimento sustentável e saudável da organização da qual fazem parte.

            Segundo Chiavenato (2014), as organizações são consideradas como organismos vivos, pois encontram-se em constante mudança e desenvolvimento ao longo de sua história, umas se tornam bem-sucedidas e outras crescem na medida em que conseguem manter sua sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. Este crescimento acarreta uma complexidade, uma vez que a busca por recursos necessários para suprir a demanda de mercado requer alto investimento, por meio de novas instalações, equipamentos tecnológicos e investimento em capital intelectual, aumentando a necessidade de ampliação do número de pessoas preparadas e com habilidades indispensáveis com a finalidade de expandir os processos produtivos. Na visão de Sobral e Peci (2013) as pessoas são um elemento fundamental para a existência das organizações, pois representam a principal fonte de vantagem em meio a competitividade.